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Hoje o dia começou a prometer. Acordei com um vizinho qualquer (aposto no de cima...) a vomitar. Sim, eu tenho o sono leve a esse ponto. Voltei a acordar cheia de sede. Voltei a acordar de um salto por causa de um sonho do qual já me esqueci. E entretanto, tocou o despertador.
Um dia de muito trabalho, aliás, como têm sido os últimos tempos. Parece que cai tudo sobre mim. Fiz horas extra que não me vão ser pagas. Dói-me a perna e só me apetece comer porcarias. E quando pensava que ia chegar a casa para descansar e relaxar, deparo-me com um email de uma amiga a cancelar planos feitos há que tempos para umas férias só de meninas. E logo a seguir, telefona-me outra amiga, também chateada com este primeiro mail e a ameaçar rescindir com a amizade se a frente fria dela não terminar. E eu no meio do furacão, como sempre.
Estou cansada. Não tenho série nenhuma para ver. Acabei o meu livro ontem e não sei no que pegar.
Segundas-feiras....
E o que não percebo é a facilidade com que se afastam amigas, com que se acabam amizades de anos e anos. E porquê? Por um namorado acabado de chegar? Por estabilidade financeira? Porque elas estiveram sempre aí para ti, sempre a lutar por ti, sempre a puxar por ti e a apoiar-te? Como pode ser para alguém tão fácil dispender de amigas, quando eu quero, a todo custo, arranjar mais e mais?
Já disse aqui que um dos momentos mais incríveis da viagem foi quando avistei o Big Ben pela primeira vez. Tínhamos acabado de sair do autocarro e quando ele arrancou, deixou à vista o Big Ben e os edifícios do Parlamento. São ambos são incrivelmente imponentes que inicialmente nem reparei no London Eye, fisicamente muito mais alto que qualquer um deles e que, apesar de se notar à distância, como pudemos ir comprovando ao longo dos dias, naquele momento, não conseguiu fazer frente ao pequeno relógio do outro lado do Tamisa.
Nesse momento, experienciei uma sensação de felicidade imensa, semelhante à sensação que se sente quando atingimos um objectivo. Não sei explicar bem. Foi tão incrível ver ao vivo um dos maiores símbolos londrinos... Fiquei pasmada, impressionada, apaixonada, hipnotizada.
1. andar de metro e autocarro (e alguém se perder)
2. ai, o tempo inglês!
3. os britânicos afinal não são tão frios como se pensa. antes, são amáveis e atenciosos
4. a felicidade ao ver pela primeira vez o Big Ben
5. fish and chips num pub
6. os museus que são todos de entrada gratuita
7. as histórias da Torre de Londres contadas por um beefeater chamado Peter
8. "mind the gap! please, mind the gap. mind the gap, please"
9. a loucura do "Keep calm and..." em todo o lado
10. passar a Tower Bridge a pé
11. o mercado em Notting Hill (e todas as casas com portas azuis com turistas a tirar fotos)
12. a plataforma 9 e 3/4 e o giraço a distribuir cachecóis das várias equipas de Hogwarts (que me piscou o olho e disse "nice choice" quando escolhi o vermelho e amarelo de Gryffindor)
13. hyde park, regent's park, st. james's park: imensidão de verde!
14. as notas com a cara da rainha e as moedas difíceis de compreender (e a piada fácil "tenho a carteira cheia de pennys")
15. andar no London Eye e ver Londres toda de uma só vez
16. os nomes que se foram tornando conhecidos: waterloo, westminster, chelsea, cockfosters, piccadilly, holborn
17. as bolachas e o chá em Covent Garden
18. comprar chá para trazer e oferecer, em latinhas fofas nos mais variados formatos
19. ir ao harrods e ficar chocada com os preços
20. comer um gelado sentada no parque num domingo à tarde
Tenho estado doente e a tentar auto.medicar-me para ficar bem até quinta-feira.
Apesar do sucesso da auto-medicação não estar a ser nada por aí além, visto esta tosse chata não me largar e ter uma moleza incrível que me paralisa os músculos a toda a hora, tenho mesmo que estar boa até quinta-feira.
Porquê? Numa palavra: LONDON!
Super trip só de meninas. Já falta pouquinho tempo... e tenho mesmo que estar em forma com a força toda que conseguir. Porque visitar uma cidade incrível destas em tão poucos dias é uma tarefa difícil e se estiver doente, bem pior.
Sabem alguma mezinha? Já pedi à minha mãe que fizesse xarope de cenoura, mas depois desisti porque aquilo é basicamente só uma gulodice e hoje pesei-me e já engordei 300g desde a minha última pesagem. (Malditas amêndoas da Páscoa! Eu bem que as tento despachar para outras pessoas à velocidade da luz, mas ainda há taaaantas!)
Uma das coisas que achei mais piada em Berlim foi os bonecos dos semáforos. Em todo o lado por onde já tinha estado são, de uma maneira generalizada, muito parecidos, mais bicicleta, menos bicicleta.
Mas em Berlim, são completamente diferentes de todo o lado.
O desenho do homenzinho do semáforo foi criado por Karl Peglau, em 1961, um psicólogo especialista em trânsito. A sua teoria acerca deste boneco era de que as pessoas respondem melhor aos semáforos quando apresentados com mensagens amistosas, em vez de sinais coloridos que só possuem significado devido a convenções pré-estabelecidas. No entanto, Peglau temia que a figura por ele criada fosse rejeitada devido ao seu chapéu de “pequeno burguês”. Tal não aconteceu. E a imagem é realmente amistosa!
Já estou em contagem decrescente para as férias.
Incrivelmente já é quarta-feira hoje e é já no sábado de madrugada que parto à descoberta da velhinha Europa Central.
Apesar de ligeiramente apreensiva por viajar novamente em família, foi o melhor que consegui arranjar quase de um dia para o outro, quando toda a minha vida foi alterada desta forma brusca e brutal.
Aqui vamos nós os quatro, novamente, tal como foi normal durante tantos e tantos anos.
Apesar de apreensiva, estou também nervosa. De me sentir perdida no meio deles. De sentir a falta daquele que não vai lá estar e que sempre pensei que estivesse. De só sentir a falta dele.
Apesar de apreensiva e nervosa, estou também entusiasmada. Sempre são quatro novos países que vou conhecer. Já andei a pesquisar onde ir, o que fazer, o que ver, o que não posso perder.
Apesar de apreensiva, nervosa, entusiasmada, estou também curiosa. E como ando numa fase mais gulosa...sabiam que a bola de berlim em Portugal (1), é diferente da bola de berlim alemã (2) ou da bola de berlim que é servida na República Checa (3), e é também diferente da mesma na Áustria (4)?
(a minha mãe diz que pareço uma criança...enfim)
(1) Bola de Berlim - Portugal
(2) Berliner - Alemanha
(3) Kobiha - República Checa
(4) Krapfen - Áustria
[ Hei-de comer uma em cada país e depois logo direi qual a melhor!!!!]
Apesar de apreensiva, nervosa, entusiasmada e curiosa, nunca deixo de ser organizada e como tal já tenho as minhas listinhas todas feitas para não me esquecer de nada.
E já estou em contagem decrescente!