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Be thankful
Go outside today
Have faith
Hoje não é um bom dia para este tópico, mas enfim, as coisas são como são e mesmo que hoje não tenha disponibilidade emocional para ter fé, é mesmo assim que tem que ser. Ultrapassar os medos, os "nãos", os momentos menos bons e esperar que amanhã amanheça um dia melhor. Isso é ter fé. Isso ou achar que pior não fica. (mas isto já sou eu em modo exagerado) Eu tenho esperança. Tenho. Não sou uma pessoa lá muito positiva ou optimista, até porque a vida nunca me deu razões para isso (excepto quando preciso de lugar para estacionar o carro, nesse aspecto tenho sempre sorte) e muito sinceramente à vezes morro de medo de não conseguir mudar a minha vida e ficar nesta eterna pasmaceira e neste eterno desalento a achar que não é nada disto que quero e mesmo assim não conseguir mudar. Fico aterrorizada de pensar que posso ficar sozinha para sempre, porque tenho medo da solidão. Não de estar sozinha, mas de ficar sozinha. Isso deixa-me petrificada. E tenho medo de não conseguir sair daqui. Mas tenho esperança que há-de haver um momento em que tudo vai mudar. Tenho esperança. Respirar fundo. Breath in, breath out e avançar.
Say yes
Do your best
Eat chocolate
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Take a nap
Say "I love you"
Recycle
Laught at yourself
Be thankful
Go outside today
Há uma característica minha que gosto particularmente e que já não a encontro em muitas pessoas. Falo da capacidade de encontrar beleza nas pequenas coisas, de continuar a sorrir com os pormenores, de adorar as coisas simples. Olhar a lua continua a deslumbrar-me. Um pequeno recado num post-it delicia-me. Adoro desenhos rascunhados ao som dos pensamentos nos cantos das folhas. O falar com o olhar e o sorriso do mesmo olhar. Adoro uma flor sozinha e o cheiro de um livro. A primeira colherada de um gelado. E o riso que não dá para calar. E às vezes, quando estou em casa, sinto imensa vontade de sair à rua e sorrir a cada passo. Mas ainda estou muito presa à necessidade de companhia. Nestas férias de verão, encontrava-se no mesmo local que eu uma senhora que, sendo divorciada há mais de 20 anos, passa férias sozinha, vai para todo o lado sozinha e não se importa. Apesar de admirar a coragem desta senhora, eu seria incapaz de o fazer. Aventurar-me mundo fora, sozinha. E sempre. Porque apesar de não achar melhor ficar fechada em casa a lamentar a (má) sorte, ser capaz de estar disposta a viagem continuadamente sozinha é, de certa forma, aceitar. É aceitar e é acomodar-se. E isso para mim é tão difícil. Porque não posso aceitar uma situação em que não estou totalmente confortável.
Mas passando isso, vou começar a não me importar de estar sozinha, de sair por aí sozinha. Não aceitando nem me acomodando, mas pelo menos a não ficar em casa fechada, apenas por falta de companhia. Não é justo para os outros mas mais, não é justo para mim! E foi nesse espírito que, no fim de semana passado, fui passar o fim de semana sozinha. Infelizmente, como já referi, passei alguma parte do fim de semana na choraminguisse, a sentir pena de mim mesma, mas fi-lo. Fui sozinha, saí para beber café à noite sozinha, fui até à praia, passeei, vi um pôr do sol magnífico (o último do verão), estive numa esplanada a ler...e apesar de me ter custado, achei que precisava. E que merecia.
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Be thankful
Aqui há uns tempos li algures (e até acho que já escrevi sobre isso aqui, mas nunca cheguei a realizar) acerca da ideia de, no início do ano, arranjar uma garrafa vazia na qual se vão inserindo papelinhos com todas as coisas boas que nos foram acontecendo ao longo do ano para que, no final desse ano e apesar do constante queixume de que nada de bom nos acontece, podermos ser desmentidos por um montinho de papéis. Gostava realmente de ter concretizado essa ideia porque sempre fui (um pouco) pessimista e talvez aqueles bons momentos porque eventualmente passo e que se vão diluindo na rotina chata, me pudessem alegrar duplamente ao relê-los, documentados dentro de uma garrafa qualquer.
E há muito pelo qual devia estar agradecida...e no entanto, parece que só me queixo. Então...este ano e só assim de repente:
i. o meu avô fez 83 anos e a minha avó 82
ii. houve um susto com uma possível recidiva do problema cancerígeno do meu pai, que não se confirmou
iii. a minha mãe voltou a ter um susto com a sua saúde, mas tudo correu bem
iv. o meu irmão terminou o curso e agora só falta arranjar emprego (alguém tem cunhas em alguma empresa de multimédia, fotografia, audiovisuais, por aí?)
v. li um livro clássico na sua versão original
vi. fui ao casamento de dois grandes amigos
vii. fui convidada para ser madrinha de casamento
viii. não morreu planta nenhuma cá em casa
ix. reaproximei-me do meu grupo de amigas da faculdade
x. fui a londres
xi. fui a copenhaga
xii. fui a estocolmo
xiii. fui a tallinn
xiv. fui a s. petersburgo
xv. comecei a falar mais com as pessoas
xvi. estou quase a terminar o curso de inglês
xvii. ganhei alguns livros e bilhetes para cinema em concursos
xviii. comecei a fazer aulas de pilates e aero-combat
xix. superei alguns medos
xx. fiz progressos, não muitos, mas alguns
(vou editando o post à medida que me lembro)
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Há bocado pus-me a pensar.
Às vezes acho que é extremamente difícil alguém gostar de mim. Realmente interessar-se em mim.
Já há algum tempo que não faço um novo amigo e, pensando para trás, todos os amigos que fiz foram pessoas que, de uma maneira ou de outra, estiveram "presas" comigo num espaço físico. Colegas de turma que se tornaram amigos, colegas de trabalho que se tornaram amigos.
Onde quero chegar com isto?
Que começo a notar um padrão em tudo isto. Não sou uma daquelas pessoas que anima um espaço e que se mete com estranhos ou com amigos de amigos. Já me disseram que não sou uma people-person. Na altura, fingi-me aborrecida com o comentário mas é verdadeiro no mais ínfimo pormenor. Não sou uma pessoa de quem se goste no imediato. Sou daquelas pessoas (todos já conhecemos alguém assim) que passa meio despercebida de início, quase nem se dá pela presença, mas que depois, com continuidade de companhia e com conversas, se vai tornando alguém de quem gostamos, mas aos poucos.
Sim, e então?
Tenho que me esforçar para que gostem de mim. Tenho que trabalhar nesse sentido. E às vezes, sinto que devia ser mais fácil. Que não devia ter que andar atrás dos outros para que gostem de mim. Será porque não gosto de mim (mais uma vez)? Porque acho que não sou alguém que até eu quisesse conhecer? Mas eu acho-me interessante, de certo modo... Sou boa companhia. Porque é que demoram tanto a chegar lá? E será que conta, tendo eu que me esforçar tanto?
Gostava que fosse mais fácil.