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É aquele sorriso cúmplice que vemos vindo de uma amiga.
É dar o braço enquanto passeamos na rua para que a conversa não se perca no ruído que nos rodeia.
É saberem como adoro livros e, para além de os receber, me darem a conhecer o Ler Devagar, no LxFactory.
É estar com os amigos todos reunidos.
São os brindes demorados que fazemos.
É saberem que pizza vou escolher.
São as prendas que sabem que vou gostar.
São os 3500 emails trocados.
São os conselhos dados e experiências partilhadas a alguém que vai fazer algo de novo.
É um colar bonito em cima de uma simples tshirt branca.
É fazer o almoço e levá-lo a alguém que não se sente bem.
São os abraços dados sob influência do frio que se fazia sentir.
São as boleias pedidas e dadas.
É o reunir das pessoas mais queridas.
É o cantar os parabéns, sem bolo, sem velas, mas com sentimento.
É a necessidade de saber se os outros estão bem.
São os miminhos dados a quem mais precisa.
É conseguir apreciar a beleza alheia.
É receber exactamente aquilo com que se sonhava.
São as bolachinhas feitas a partir do livro oferecido.
É aquela mensagem bonita.
É aquele sorriso com troca de olhares.
É o elogio verdadeiro.
É a companhia, mesmo distante.
São os planos para a semana, para o mês que vem e para daqui a um ano.
São as dedicatórias.
São as músicas com significado para nós.
É a promessa de amizade eterna.
É uma despedida de solteira de hoje a oito.
São dois casamentos no mesmo fim de semana. E ir aos dois.
É o dia de hoje, que sabe a domingo, mas ainda bem que é sábado.
É não ter planos e improvisar.
É um encontro com um amigo de longa data.
É a forma como já não penso nele.
É pensar que um dia vai chegar a minha vez.
É saber que me conhecem, pelas coisas que dizem, fazem ou escrevem.
É não ter máquina fotográfica, mas saber que certos momentos não vão ser esquecidos.
É uma sakerinha de morango.
São planos de negócio.
São planos pessoais.
É o desafio lançado.
É conseguir acalmar o nervosismo.
É decidir meditar.
São os pequenos pormenores.
Olhando para trás, para este fim de semana, tal como tem acontecido, na maioria deles, não tendo planos, sinto-os um pouco como tempo desperdiçado. Tempo que passa quase sem dar por ele, sem sair daqui, sem falar, sem ver ninguém.
Estava agora a fazer a retrospectiva deste fim de semana e, mesmo sem parecer, foi um fim de semana produtivo.
Senão, vejamos:
1) dormi 8h por noite
2) fui às compras e comprei: dois tops (um vermelho, de tecido leve e solto, com corte assimétrico e um pérola, mais formal, com um laço no ombro), um casaco (branco com bolinhas pretas), uma camisola (azul escura com bolinhas brancas e manga a três quartos) e um cinto (coisa que já andava para comprar há algum tempo, para complementar dois vestidos que tenho. comprei bege)
3) fiz limpezas em casa
4) estudei para o teste de quarta-feira, visto que durante a semana, muito provavelmente já não terei oportunidade
5) fiz um trabalho, também para entregar no dia do teste
6) enviei uma série de mails que tinha pendentes
7) pintei as unhas e arranjei as sobrancelhas
8) arrumei o escritório
9) fiz exercício físico
10) acabei de ler o meu livro "A Muralha de Gelo", de George R. R. Martin
11) dormi a sesta
12) fiz pipocas e estou a ver o filme "Lincoln"
Podia ser pior, para um domingo preguiçoso!
PS: acho que vou começar a ver as coisas pelo lado positivo. Estou constantemente a focar-me no que corre mal. Há uns tempos, li algures uma ideia que gostei imenso mas que depois não concretizei, mas se calhar ainda vou a tempo. Colocar numa garrafa, ao longo do ano, papelinhos onde se vão escrevendo todas as coisas boas que nos aconteceram. No final do ano, despejar a garrafa e ficar feliz com tudo o que de bom nos aconteceu. Porque, às vezes, vamo-nos esquecendo das pequenas coisas boas. Porque são apenas pequenas, pensamos nós. Mas às vezes é na coisas pequenas que vive a felicidade.