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Be thankful
Go outside today
Have faith
Say yes
Do your best
Há uns dias, fui sair com uma amiga que recentemente terminou uma relação que durava desde a altura que também a minha começou. Era um namoro antigo, estranho para muitos, para mim também, mas essencial para ela. Sempre a achei uma rapariga decidida e como é extremamente bonita, sempre assumi que tinha bastante auto-estima. E portanto, nunca percebi o porquê de se deixar enterrar numa relação que só lhe dava chatices, na qual não era, claramente, a parte importante, pela qual abdicou de muito e de muitos, nunca sendo valorizada ou mimada, de maneira nenhuma. Mas agora que acabou, vejo como ela estava (e está ainda) dependente dele. As relações são complicadas, complicam-nos e tornam-nos pessoas diferentes. Ontem, em conversa com ela, insistia comigo em enviar mensagem, reconectar-me com alguém do meu passado, alguém com quem nunca aconteceu nada porque eu tinha namorado, na altura. Ela insistia em que eu não tinha nada a perder, porque é que estava a ser tão receosa e que, mesmo pelo facto de já não o ver há alguns anos, isso até era um ponto positivo. Sempre tive medo da rejeição, do ridículo. Nunca pensei em mim como irresistível. Tenho noção de mim (plena noção), do meu físico, das minhas capacidades intelectuais, capacidades amorosas, capacidades relacionais. E muitas vezes, não me dou demasiado valor. Espero sempre o "não" e por esperar esse tipo de resposta, nunca aponto para o "sim". E por não o fazer e por achar que o "não" é a resposta que vou ter, muitas vezes nem sequer tento. E recusei-me a enviar a tal mensagem. Mas hoje ainda não fui capaz de me livrar desse pensamento. E na onda de dizer que sim, na onda de ser mais positiva, mais pro-activo, menos dependente da negatividade que me é inerente, voltei a tentar com a pessoa que conheci agora nas minhas férias. Ainda não escrevi sobre ele aqui, porque, do alto das minhas superstições, continuo a achar que sempre que falo com alguém sobre alguém, é sinal que começo a ter demasiadas expectativas e é quando as coisas começam a correr pior. Esta pessoa é alguém que conheci através das redes sociais. Temos falado, temos algumas coisas em comum. E é fácil falar através da escrita...o problema é falar, mesmo falar. Ainda assim, introduzi o tema "café", mas não sei se me levou a sério, porque não deu o seguimento que eu queria ao assunto. É muito educado, responde-me sempre bem, faz :) e ;) e :P mas tem pouca iniciativa. E claro que eu penso logo que é por falta de interesse ou pelo facto de eu ter pouco interesse para os outros... Enfim, o objectivo é fazer o meu melhor, tentar ser o melhor e esperar pelo melhor.
Eat chocolate
Play
Take a nap
Say "I love you"
Recycle
Laught at yourself
Epa, a sério!
Why?
Isto só a mim. É que não consegue afastar-se... "Por favor, eu preciso de espaço! Do meu espaço, que é só meu, já que decidiste ir-te embora! Não fales mais comigo!"
E porque é que não lhe consigo dizer isto a ele? Porque é que não me deixa em paz, de vez? Sinceramente...
Namoramos mil anos, decide que não quer mais, que não gosta mais. Vai-se embora.
Volta. Voltamos.
Namoramos mais mil anos. Vamos morar juntos, iniciar um projecto de vida. Decide que não quer mais, que não gosta mais. Vai-se embora.
Volta. Mas eu já não quero que voltes.
Porque será que ainda me preocupo com os sentimentos dele, as necessidades dele e o facto de querer que sejamos amiguinhos? Porque é que não o mando simplesmente ir para a m*rda? Ou para longe, pelo menos?
Grrr....
Existem vários tipos de pessoas.
As que são completamente desbocadas e dizem tudo o que sentem e o que não sentem, a toda a gente, a toda a hora.
Existem aquelas que só falam das horas certas, como se tivessem tido tempo para pensar na resposta mais acertada.
E existem aquelas que guardam tudo para dentro, que não falam na devida hora, que ficam a remoer, que só desabafam com quem se sentem mais à vontade e não com as pessoas a quem realmente deviam dizer o que pensam e que, só quando explodem, toda a gente fica a saber o que pensam.
Hoje assisti a um exemplo deste último género. E não gostei do que vi. A minha colega A, completamente estafada de trabalhar e estudar ao mesmo tempo, diz sempre que sim à chefe, independentemente do seu cansaço, disponibilidade ou vontade. Diz que sim, simplesmente.
E eu não gostei do que vi. Ela completamente arrasada de cansaço, stressada ao extremo, frenética como nunca a vi, a sombra do que é. Tudo por não ser capaz de se impor e dizer que não.
E fiquei com medo, porque também eu faço parte deste último género de pessoa. Mas nunca me quero ver numa situação como a dela.