Tu estás livre e eu estou livre E há uma noite para passar Porque não vamos unidos Porque não vamos ficar Na aventura dos sentidos
Tu estás só e eu mais só estou Tu que tens o meu olhar Tens a minha mão aberta À espera de se fechar Nessa tua mão deserta
Vem que o amor Não é o tempo Nem é o tempo Que o faz Vem que o amor É o momento Em que eu me dou Em que te dás
Tu que buscas companhia E eu que busco quem quiser Ser o fim desta energia Ser um corpo de prazer Ser o fim de mais um dia
Tu continuas à espera Do melhor que já não vem E a esperança foi encontrada Antes de ti por alguém E eu sou melhor que nada
Refrão (3x)
Gosto tanto tanto desta música. Gosto tanto, muito mais ainda do Tiago Bettencourt.
E esta música...faz-me pensar. Em relações, perdidas, não encontradas ainda, relações pensadas e desejadas, relações com e sem propósito, relações desesperadas ou desespero entre relações. Faz-me pensar no medo que tenho de ficar sozinha (não de estar sozinha, mas de permanecer assim) e no medo que começo a aperceber-me que também sinto, talvez até em igual proporção ao anterior, de ter que começar uma nova relação. Dar-me a conhecer e conhecer outro. O medo do desapontamento, da descrença, do desinteresse, da revolta, do desprezo...sei lá. O medo de querer e não me quererem de volta. O medo de não querer e magoar alguém. O medo de não ser boa o suficiente, ou interessante o suficiente, ou inteligente o suficiente, ou bonita o suficiente ou conhecedora o suficiente. Cada vez mais me convenço que era tão melhor se eu não pensasse tanto. Era tão mais fácil se não me preocupasse. Era tão mais divertido se tivesse sempre a resposta pronta, a reacção certa, as capacidades adequadas. Era tão mais óbvio se fosse mais igual às outras pessoas, se fosse só mais uma feita do mesmo molde, que seguisse as mesmas modas, as mesmas tendências, os mesmos passos. Há dias em que desejava ser só mais uma e não ser eu.
Uma das minhas músicas preferidas do primeiro album do David Fonseca. Pouco conhecida, triste, obscura...
Mas é incrível e tenho medo de nunca a ter ouvido ainda ao vivo...
You want to drink my soul 'Till your heart is full What happens when it's full and it splashes? You've built all these rooftops And you painted them all in blue If all this set just burns up will you paint the ashes?
Do you really want to see? Because I'll let you in With me
You shiver when the wind blows Through doors that lost their keys There's too little to rescue, too little to hang on to I thought that maybe we could try to Clear and rebuild this haunted home I'll be glad to help you
Just tell me what to do
Why don't you tell me what to do? Maybe you're scared too I've been here before Next thing you will see You'll feel So small
I will disappoint you And I don't care if I do I belong to those who got shattered, battered, Bruises and scars that I've hidden you could never heal This grey house where I come from Some great love will tear it down If you no longer love me, then why should it matter?
Tell me why should it matter? I can't ask you to stay I can't find the words to say Why don't you just leave?
Será que ainda me resta tempo contigo, ou já te levam balas de um qualquer inimigo. Será que soube dar-te tudo o que querias, ou deixei-me morrer lento, no lento morrer dos dias. Será que fiz tudo que podia fazer, ou fui mais um cobarde, não quis ver sofrer. Será que lá longe ainda o céu é azul, ou já o negro cinzento confunde Norte com Sul. Será que a tua pele ainda é macia, ou é a mão que me treme, sem ardor nem magia. será que ainda te posso valer, ou já a noite descobre a dor que encobre o prazer. Será que é de febre este fogo, este grito cruel que da lebre faz lobo. Será que amanhã ainda existe para ti, ou ao ver-te nos olhos te beijei e morri. Será que lá fora os carros passam ainda, ou as estrelas caíram e qualquer sorte é bem-vinda. Será que a cidade ainda está como dantes ou cantam fantasmas e bailam gigantes. Será que o sol se põe do lado do mar, ou a luz que me agarra é sombra de luar. Será que as casas cantam e as pedras do chão, ou calou-se a montanha, rendeu-se o vulcão.
Será que sabes que hoje é Domingo, ou os dias não passam, são anjos caindo. Será que me consegues ouvir ou é tempo que pedes quando tentas sorrir. Será que sabes que te trago na voz, que o teu mundo é o meu mundo e foi feito por nós. Será que te lembras da cor do olhar quando juntos a noite não quer acabar. Será que sentes esta mão que te agarra que te prende com a força do mar contra a barra. Será que consegues ouvir-me dizer que te amo tanto quanto noutro dia qualquer.
Eu sei que tu estarás sempre por mim Não há noite sem dia, nem dia sem fim. Eu sei que me queres, e me amas também me desejas agora como nunca ninguém. Não partas então, não me deixes sozinho Vou beijar o teu chão e chorar o caminho. Será, Será, Será!