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Adoro, adoro! Já o disse antes. E ao saber que um novo livro vai estar disponível já dia 17 de Outubro só me pôde fazer sorrir, mesmo com um dia horrível de chuva e vento como hoje.
Recomendo, muito!
E se pedíamos uma torrada -
"Olhe que os folhados de salsicha estão quentinhos."
- se pedíamos um queque -
"Olhe que os folhados de salsicha estão quentinhos."
- se pedíamos algo que não fosse um folhado de salsicha -
"Olhe que os folhados de salsicha estão quentinhos."
Depois, havia as pessoas que diziam folhados de chalchicha. Em fins de tarde, eu e o Mefistófeles sentávamo-nos perto do balcão e fazíamos apostas sobre o número de pessoas que iriam dizer chalchicha num determinado período de tempo (5 ou 10 minutos cronometrados de despertador). O Mefistófeles era sempre menos crédulo nas competências do ser humano e ganhava sempre.
"No desejo de escrever, de empurrar para a frente os acontecimentos, de ir somando linhas e mais linhas para apressar o tempo até à página cento e quinze, que sei onde está mas da qual tudo ignoro, não serei levado a descobrir coisas de que contrário (e muito bem) ficariam para sempre ocultas (e esquecendo, quem sabe?, as dificuldades verdadeiramente importantes e voltadas para o futuro, as dificuldades que ocorrem ao pensamento sem a necessidade de uma caneta)? Não estarei a brincar com o fogo? Não será preferível desistir, deixar em sossego os meus sentimentos, os meus e os teus, sentimentos até agora na sombra, sentimentos que só a disciplina traiçoeira do papel e da caneta serão capazes de agitar, de captar definitiva e inutilmente para a memória?"
Augusto Abelaira "Bolor"
Conhecem este escritor? Eu confesso que não conhecia. Mas a minha mãe, como sempre uma inspiração cultural e literária, apresentou-mo quando me ofereceu este livro incrível no dia da mulher. Para começar, adoro, AMO a capa! E sim, eu sou uma daquelas pessoas que julga um livro pela capa, literalmente. Acho que quando não é feito o esforço para tornar apelativa uma capa é porque o interior não deve valer muito a pena. Mas com esta capa incrível e com tantas boas recomendações da minha mãe, peguei nele para o ler. E li-o de uma assentada! Absolutamente fofinho, inacreditável, memorável, diferente de tudo o que li antes. Tão sem sentido e tão lógico ao mesmo tempo.
Trata-se de uma espécie de diário, ao longo do ano, por parte de uma menina incrível que vê o mundo com uma visão alternativa, diferente de tudo o que já foi visto e dito. Incrível.