Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]

Livro de Auto-Ajuda (literalmente) por uns dias #8

here in littlebubble, em 16.10.13

Be thankful
Go outside today 
Have faith 
Say yes
Do your best

Eat chocolate

Play


Take a nap
Hoje, sendo dia de folga bem que podia dormir uma sestinha. Mas a verdade é que a minha cabeça não pára. Não param de rolar pensamentos e ideias e planos e medos e dúvidas. A minha amiga T insiste comigo que devia combinar um cafezinho com o meu novo amigo para finalmente nos conhecermos. "Mesmo sem ele tomar iniciativa?", pergunto eu. Ela insiste que muitas vezes os rapazes não gostam de tomar a iniciativa porque não querem ser considerados como abusadores. Não sei se isto é verdade ou se é ela a tenar animar-me, mas a verdade é que não tenho nada a perder. A não ser ouvir um não. E ficar triste. E magoada. E com a auto-estima lá no fundo. Mas estou a ponderar. Daí não conseguir parar de pensar. Esta noite, por outro lado, fartei-me de dormir. E com mais horas de sono, tenho tendência a sonhar. E esta noite sonhei com o ex. E a coisa mais engraçada é que, enquanto estivémos juntos, acho que não me lembro de ter entrado nos meus sonhos uma vez que fosse. E agora, nas últimas semanas, tem sido protagonista dos meus sonhos. No sonho passado, ele tinha ido falar com os meus avós, para lhes pedir desculpa por me ter deixado (don't know why...) e queria resolver as coisas comigo. No sonho da noite passada, era eu que o tentava convencer a voltar.
E se são estes sonhos que me preenchem o sono, prefiro ficar acordada e pensar noutros cenários.

 

Say "I love you" 
Recycle
Laught at yourself

Autoria e outros dados (tags, etc)

às 16:44

Humanos "Muda de vida se tu não vives satisfeito"

here in littlebubble, em 24.09.13

O ano devia começar em Setembro.

É o mês da mudança. É quando acaba o Verão e começa uma nova era, um pouco mais escura, mais chuvosa, menos alegre, talvez. Soa um pouco como a "início do fim". É, por outro lado, um novo recomeço, mais uma hipótese de mudar, o início de uma nova listagem, novos planos, novos processos. Uma mudança, como comecei por dizer.

 

Mas para se dar início a uma mudança, a um recomeço, algo precisa de terminar, de chegar ao fim.

Este fim de semana que passou chorei muito. Como já não fazia há bastante tempo. Acho que o meu corpo já não estava habituado a estas convulsões estranhas com que fico quando choro, mas os meus olhos sim. Sempre estiveram habituados a esta minha veia chorona. Alguém me disse há uns tempos que a capacidade de não chorar, quer aquando de um conflito, confronto, desilusão ou tristeza profunda, é uma questão de treino, de hábito. Ainda não percebi como iniciar este treino, mas hei-de lá chegar.

 

Como estava a dizer, chorei muito. Fui passar o fim de semana fora, sozinha, em retiro espiritual. Pensei muito. E chorei. Depois distraía-me com algo e estava bem até a torrente de pensamentos me invadir de novo e me fazer convulsar mais uma vez, só mais uma vez. E de onde veio esta choradeira toda? No final da semana passado, ele passou por aqui para vir buscar mais uma série de objectos que incrivelmente ainda pairavam por aqui e ao ver como estava bem, como estava mudado, como estava de bem com a vida, não pude deixar de pensar que, apesar de achar que era eu que o dirigia e o puxava para a frente, se calhar era eu que o arrastava para o fundo, que funcionava como uma âncora de tristeza e azar. E apesar de, racionalmente, saber que isso não é verdade (quanto muito era o contrário, ele sempre pessimista e eu a esforçar-me além das minhas forças para lhe proporcionar felicidade, muitas vezes em vão), continua a afectar-me imenso o facto de ter sido ele a desistir de mim. Ou seja, custa, para além do que consigo admitir, pelo menos sem chorar, custa tanto saber que eu não fui o suficiente para ele, quando tantas vezes ouvi o contrário. Custa tanto, sim, ainda custa, saber que não valia para ele o suficiente para lutar por mim. Custa tanto, todos os dias, saber que só eu é que acreditava que era para sempre e o dizia, acreditando nas palavras. E saber que ele agora tem uma outra pessoa, custa igualmente. Saber que há alguém ao seu lado, a quem conta o que pensa, o que quer... (pronto, já estou a choramingar outra vez)

E não consigo evitar que tudo isto me corrompa o coração e que corroa a vontade e me rouba a auto-estima e faz com que não acredite e que faz com que tenha medo de não voltar a conseguir ser feliz.

 

E no meio de toda esta insanidade ainda lhe deixei um recado, disfarçado sob a forma de música:

 

As he begins to raise his voice,
You lower yours and grant him one last choice.
"Drive until you lose the road,
Or break with the ones you've followed."
He will do one of two things.
He will admit to everything,
Or he'll say he's just not the same,
And you'll begin to wonder why you came.



Porque o fiz? Não sei. Sou doida, talvez. Insanidade temporária, pelo menos. E comecei a achar que talvez ainda gostasse dele. E agora não sei. Mas acho que não o ia aceitar de volta. Porque o faria? Para desistir de mim, novamente? Para que atirar ainda mais para o fundo? Mas, por outro lado, penso que, muito provavelmente, ele também já não me queria de volta. Porque havia de querer? Não está sozinho, na tua tristeza, como eu... enfim.

 

E então sim, a luz da mudança. Sendo uma list-maker-profissional, resolvi fazer uma lista. Porque é Setembro, mês da mudança e do renascimento, resolvi rabiscar tudo aquilo que está mal na minha vida e o que posso fazer para o mudar. Vamos lá ver se isto não é apenas lírica barata e se consigo, finalmente e de uma vez por todas, mudar a minha vida.

Autoria e outros dados (tags, etc)

às 17:59

saudades.

here in littlebubble, em 16.08.13

De repente caí em mim.

Estou cheia de saudades dele. E estou cheia de vontade de lho dizer. Mas não posso.

Autoria e outros dados (tags, etc)

às 00:13

Um momento, um som, um cheiro.

here in littlebubble, em 04.08.13

Às vezes é uma música. Uma música que me lembra um momento feliz, um momento em que estava sem ti ou algo que cantávamos juntos. Outras vezes, um local. Um sítio que visitámos juntos, algum sítio onde planeámos ir, mas adiámos demais ou onde íamos sempre. Muitas vezes algo que alguém diz. Uma recordação, um "lembras-te quando..?" e tu ainda fazias parte dessa vida. Oh, tantas vezes, coisas que vejo. Uma fotografia, um antigo saco de natal com os nossos nomes escritos. Por vezes, é um dia específico, um momento específico ou determinado cheiro. Às vezes, as lembranças vêm sozinhas, sem ser preciso mais nada. Um momento feliz que queria partilhar contigo e, de súbito, uma tristeza imensa, a sensação de abandono que já me é familiar e depois, uma onda de raiva. Contra ti, contra mim, contra o mundo. Por tudo o que deixaste para trás, pelo que construímos, pelos meus avós, que gostavam tanto de ti, por continuar a sentir a tua falta (ou a falta da tua presença) ainda ao fim deste tempo todo. Por causa das coisas que nos faziam rir ao mesmo tempo, pela nossas expressões, pelo beijinho atirado da porta, antes de a fechar, pelo primeiro sorriso da manhã e o último da noite, pelo que me fazia rir em ti, pelas formas esquisitas que os teus sinais formavam, pelos planos que fazíamos, pelas nossas rotinas, pelos nossos gostos que se completavam tanto, pelos carinhos e miminhos que guardávamos um para o outro, pela nossa parede pintada de uma cor que tanto significava para os dois, e que agora, sem ti aqui, não faz sentido, pelas discussões de séries, pelos risos abafados que tinhas e por tudo isto ainda me fazer chorar.

 

E agora, tenho que viver sem ti. E só quero saber fazê-lo.

Autoria e outros dados (tags, etc)

às 22:39

It still does...

here in littlebubble, em 25.07.13

Autoria e outros dados (tags, etc)

às 00:32

Bola para a frente.

here in littlebubble, em 23.07.13

Change came in disguised of revelation.

 

E mais nada. O conhecimento dá-nos poder. Dá-nos força para mudar, para melhorar. Em todas as vertentes da nossa vida. Às vezes podemos considerar que saber determinadas coisas pode ser prejudicial (porque "o que os olhos não vêem, o coração não sente), mas cada vez mais acho que isso não é bem assim.

 

Repito. O conhecimento, o saber, dá-nos poder. E a mim, apesar de me ter custado horrores, saber que ele tem outra pessoa, fez-me chorar, sim, mas agora tornou-me mais forte. Agora já me fez deixar de querer saber se ele está bem, de me preocupar com o que sente. Custa-me, porque sempre me preocupei, mesmo depois de me ter dado um chuto no rabo e me ter partido o coração. Quando tive aquele "relacionamento" (wtv...), fiz questão que ele não soubesse, porque achei que o ia magoar, que o ia deixar em baixo. Mas ele não teve a mesma cortesia. Publicitou de forma a  que eu viesse a saber. E isso diz muito. E portanto, estou mais forte agora. E não quero saber. Vou viver a minha vida, um dia de cada vez. Estou confiante, assim de repente. 

 

E é um bom dia para começar.

 

Autoria e outros dados (tags, etc)

às 23:05

19 de Julho: parte II

here in littlebubble, em 20.07.13

Ontem fiquei a saber que o meu ex-namorado tem uma namorada.

E doeu tanto. Eu sei que é normal haver restícios de sentimento e ciúmes, mas o que eu senti foi traição, foi uma facada, foi um desconsolo enorme. Como se só agora tivesse percebido que acabou. Uma sensação de abandono e de traição, uma sensação de injustiça. Soube que estava com ela no concerto, que já a apresentou aos amigos (que eram nossos amigos) e provavelmente à família. Já a trouxe de volta a casa. E senti-me tão mal, tão pequena, tão insignificante e dispensável. Senti-me como se eu não interessasse. E nem foi ele que foi capaz de me dizer. Seria menos duro? Mais duro ouvi-lo dizer? Só sei que foi horrível. E de vez em quando, a meio do concerto, dava por mim a pensar nele e como ele estaria com ela nos braços a cantar as músicas que adorávamos ouvir juntos.

E no regresso a casa tive um enorme ataque de choro. E quando cheguei a casa, sozinha, o mesmo. E cada vez que acordei durante a noite. E hoje de manhã, no trabalho. E cada vez que via ou ouvia algo que me fazia lembrar dele. Fui almoçar aos meus pais e tive que me vir embora rápido porque a vontade de chorar não me largava e se chorasse lá, era toda uma série de preocupações. E chorei enquanto ouvia música no rádio a caminho de casa. E enquanto lavava o carro do pó do Meco. E mal entrei em casa. E agora.

Não sei se isto é normal. Já passou um ano. Não sinto a falta dele, não sinto saudades dele, estou muito zangada ainda. Mas agora sei que o perdi de vez. Será por isso? Que já há alguém a ocupar o meu lugar? Será por isso que choro? Porque me sinto ameaçada? Porque até há muito pouco tempo, ele confessou a uma amiga nossa comum que queria falar comigo porque não conseguia deixar de pensar em mim. E eu não quis. Será que bastou isso para fechar a porta? A minha porta, para logo se abrir outra? Assim tão importante que já a traz a casa?

Estou tão magoada. E não sei porquê? Será que não eram apenas resquícios de sentimentos mas todo o sentimento ainda estava aqui, mas camuflado? Será que só estava à espera de um "grand gesture" que nunca aparaceu, que nunca se concretizou, por ele ser um desistente, por nunca lutar por nada, por mim?

Ainda ontem falava com a minha amiga sobre isto. Estou imensamente zangada com ele, mas também comigo. E estou porque quando tive que abdicar de alguma coisa na minha vida, abdiquei de tudo por ele e quando foi a vez dele, ele abdicou de mim pela sua vida.

E agora estou para aqui a sofrer, a chorar, com o coração pisado e esmagado e partido em mil bocadinhos. E choro.

Autoria e outros dados (tags, etc)

às 17:28

Santo António: dores na pernas, cheiro a sardinha, sangria e lágrimas

here in littlebubble, em 13.06.13

Hoje estou um bocado zangada. Comigo, com o mundo, comigo...

Vivo em função dos outros e isso irrita-me e só pode magoar-me.

 

Com tanta gente em Lisboa ontem à noite, com as ruelas e os becos a abarrotar durante toda a noite, logo tinha que ter um encontro...ou melhor, uma visão. Dele, com companhia feminina. E deixa-me magoada ele já ter avançado e eu não. E já chorei ontem. E já chorei hoje. E queria que a minha vida me desse mais alegria. Queria estar feliz com o que tenho. Mas ainda não tenho esse potencial, essa clarividência. Porque vejo as outras pessoas com tudo o que quero e não tenho. E não é que não desse valor ao que tinha, quando o tinha. Se calhar o problema foi mesmo dar valor de mais, sem receber. E o mundo vai andando, a vida vai acontecendo, o tempo vai passando e eu não consigo traçar objectivos como devia fazer porque...não gosto de mim o suficiente?

 

You with the sad eyes
Don't be discouraged
Though I realise
It's hard to take courage
In a world full of people
You can lose sight of it all
And the darkness there inside you
Make you feel so small

But I see your true colors
Shinin' through
I see your true colors
And that's why I love you
So don't be afraid to let them show
Your true colors
True colors are beautiful,
Like a rainbow.

Show me a smile then,
Don't be unhappy, can't remember
When I last saw you laughing
If this world makes you crazy
And you've taken all you can bear
You can call me up
Because you know I'll be there

And I see your true colors
Shining through
I see your true colors
And that's why I love you
So don't be afraid to let them show
Your true colors,
Your true colors,
Are beautiful,
Like a rainbow

Whispered: Can't remember when I last saw you laugh

If this world makes you crazy
You've taken all you can bear
You call me up
Because you know I'll be there

And I see your true colors
Shining through
I see your true colors
And that's why I love you
So don't be afraid to let them show
Your true colors, true colors
True colors are shining through
I see your true colors
And that's why I love you
So don't be afraid to let them show
Your true colors
True colors are beautiful,
Like a rainbow

Autoria e outros dados (tags, etc)

às 13:07

A carta que nunca te escrevi: ao R.

here in littlebubble, em 08.06.13

Conheci-te a medo. A primeira vez, beijei-te a medo. Mas ganhaste um lugar no meu coração tão rapidamente.

Foste a primeira pessoa que realmente gostava de mim. Conheci-te e dei-me a conhecer. Viste-me como mais ninguém. No bom e no mau sentido. No óptimo e no horrível. Conheces-me como ninguém. Ou deveria usar o "conhecias-me"?

Foste único para mim. E vais ter sempre um lugar de destaque nas minhas memórias, na minha vida, nas minhas decisões, na minha história, na minha maneira de ser, no que me tornei, nas minhas passwords, nas minhas fotografias, nas minhas viagens. Foste para mim mais importante do que toda a gente. Sei que o fui também para ti. Defendi-te, lutei por ti. Ultrapassámos de mão dada obstáculos muitos, metas, desafios. Chorámos juntos perdas, problemas, rotinas, parvoíces. Rimos tanto juntos. As nossas maluquices, as dos outros. Foste o meu melhor amigo, foste o meu único amigo. Foste o meu porto de abrigo. O meu diário, o meu confessionário. Pouco depois de te conhecer, contei-te tantos segredos meus, guardados a sete chaves no meu coração e na minha memória, escondidos do mundo e de todos os outros que faziam parte da minha vida, já antes de ti. Foi contigo que os partilhei. Não partilhei tudo, com medo. Mas partilhei-me a mim, à minha vida, à minha família, aos meus amigos. Partilhei sentimentos, partilhei emoções, partilhei a minha cama, a minha alma, o meu coração.

Durante muito tempo, foste para mim tão importante, tão mais importante que eu mesma. Valias mais para mim do que tudo. Fazia tudo por ti. Sempre fiz tudo por ti. Tomei conta de ti, tomei conta de nós. Sofria pelos dois, para tu não sofreres. Muitas vezes, em silêncio, chorei para que não me ouvisses, por tudo o que podias ter tido e tudo o que te foi negado. Tentei fornecer-te de amor, carinho, compreensão, amizade, para te compensar por tudo aquilo que merecias e não conhecias antes de mim.

Virei a minha vida do avesso por ti. Esqueci a minha família, reneguei a companhia dos meus amigos, de novos conhecimentos, de uma vida mais social, para estar ao teu lado.

E sei tudo de ti. Conheço-te (ou conhecia-te) como ninguém. Sabia o que pensavas e o que querias, mesmo antes de tu o saberes, ou quereres. E tantos dissabores isso me trouxe.

Tu, para mim, eras para sempre. The one and only.

E eu, para ti? Sempre me disseste que preferias ter-me conhecido mais para a frente na vida. Percebi desde muito cedo que te ressentias de mim por não conhecermos mais ninguém além de um do outro. Sempre percebi que preferias que eu tivesse sido a tua "última" que a tua "única". Se calhar conhecemo-nos cedo demais. Éramos novos de mais. O que sentíamos um pelo outro era intenso de mais. E eu queria-te a ti e tu querias conhecer mais além de mim.

A nossa vida a dois era sastisfatória, mas nunca completa. Sempre  faltou algo. Criatividade? Experiência? Faltou, sem dúvida, momentos de sinceridade e clareza no que queríamos. Mas sempre senti que te perdia um pouco mais. E isso impedia-me de falar. Tudo começou com medo e com medo continuei sem conseguir dizer-te o que sentia, com medo que visses para além de mim, com medo que afinal não me quisesses mais. Eu também sabia que as coisas não estavam a cem porcento, mas não o referi com medo. Com medo que não estivesses a notar e o começasses a sentir, assim que eu dissesse. E, com medo, calei-me e fingi. Calei-me e fingi porque te amava mais, muito mais do que os problemas todos juntos. Porque eras suficiente para mim. Porque sempre gostei mais de ti do que de mim. Sempre foi assim, para mim. E vejo, agora com um ano de distância, que essa vida a dois, não devia ter sido suficiente, nem para mim nem para nós. Mas principalmente, para mim. Que dava tudo e ia contra tudo e contra todos, por ti, por nós.

E quando tu finalmente tiveste coragem para rasgar o véu, e dizer que não era o que querias mais, que eu não chegava, o meu mundo ruiu. E agora estou aqui, um ano depois, sem ti. E, incrivelmente, sobrevivi. Não choro por ti. Raramente penso em ti. Sonhei contigo ontem, mas não fazes parte da minha vida. Já não. Sinto, sim, que estou zangada contigo. Ainda estou. Porque me fizeste sentir que eu não era o suficiente, para ti, para ser amada por ti, para, também tu, lutares por mim como tantas vezes fiz, para derrubares medos por mim como eu tantas vezes fiz, por decidires que eu era a the one and only, como tu eras para mim.

Decidiste isso sem me consultar, sem falar comigo. Tal como eu não fazia. O nosso problema não foi falta de amor, mas foi medo. Medo de falar e não resolver, medo de dizer e magoar o outro, medo de ser sincero e ver o outro chorar. Mas sinto que sempre fiz mais por ti do que tu por mim. E é por isso que estou zangada. Não só contigo, porque não o fizeste, nem com os meus amigos, que tudo viam, mas nunca foram capazes de me dizer, mas principalmente comigo, porque não me valorizei o suficiente para achar que merecia alguém mais do que tu, alguém que me pusesse à frente de tudo, alguém que achasse que eu merecia ser mais amada do que aquilo que fui.

 

Hoje, não falo contigo. Não me esqueço de ti. Nunca me vou esquecer de ti. Às vezes sinto a tua falta, nas coisas pequenas, nas coisas maiores. Sinto o fantasma da tua presença aqui em casa e na minha vida. Sinto a falta do teu calor, sinto falta do teu sorriso, do teu riso, do teu corpo, do teu conhecimento e da tua opinião. Sinto a tua falta. Mas não falo contigo, porque não posso. Ainda.

Autoria e outros dados (tags, etc)

às 16:33

Sonhos.

here in littlebubble, em 07.06.13

Hoje sonhei com ele.

Sonhei com a indecisão, com o medo, com o nunca saber ao certo, com aquela dúvida sempre presente.

Sonhei com o receio de não ser o suficiente, de ter que me desdobrar em duas, três ou quatro, para suprir todas as necessidades, mesmo aquelas que ele nunca soube.

Sonhei com o medo de não ser o suficiente. Outra vez. E outra. E outra.

Sonhei com o nervoso miudinho, aquele que depois de se enraizar não passa nunca. Nem depois de mais um dia. Nem depois de dormir. Nem depois de um beijo e de um "está tudo bem", nem depois de um "gosto de ti".

Sonhei com ele, outra vez.

Sonhei com a necessidade que sempre tive de agradar, de o agradar.

Sonhei com o medo presente na minha vida. Com o medo de perder, com o medo de não me querer, com o medo de não me verem como uma pessoa necessária, importante, querida ou desejável.

Sonhei com ele.

E acordei ansiosa e triste. Quando deixarei de me sentir assim?

Autoria e outros dados (tags, etc)

às 21:34


...retalhos de pensamentos, post its de emoções, pedaços de músicas, imagens que falam comigo e tudo mais aquilo que fizer a minha mente fervilhar...

E sobre mim...

foto do autor


Pesquisar

Pesquisar no Blog  

calendário

Novembro 2014

D S T Q Q S S
1
2345678
9101112131415
16171819202122
23242526272829
30



Back there

  1. 2014
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2013
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2012
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D