here in littlebubble, em 08.08.12
Uma das coisas que achei mais piada em Berlim foi os bonecos dos semáforos. Em todo o lado por onde já tinha estado são, de uma maneira generalizada, muito parecidos, mais bicicleta, menos bicicleta.
Mas em Berlim, são completamente diferentes de todo o lado.
É esta a sua imagem!
E com isto, com a sua originalidade também foi gerado turismo.
A quantidade de tshirts, pins, ímans, marcadores de livros, canecas, saca-rolhas, malas e até chávenas de café vi com o Ampelmänchen...
Agora, após regressar, ando a pesquisar alguns assuntos de forma a tapar os gaps de conhecimento com que por vezes fiquei, ou então a aprofundar assuntos que foram abordados pelos guias de forma mais leviana ou confusa.
Hoje pesquisei sobre o Ampelmänchen, que significa "homenzinho do semáforo", tal como já referi.
Como é conhecido, durante anos, a Alemanha esteve dividida em zona oriental e ocidental. E tal como a Alemanha, também dividida esteve a cidade de Berlim. A zona oriental, controlada pelos comunistas e a zona ocidental, controlada pelos capitalistas, nomeadamente os EUA.
Esta imagem de semáforo era a utilizada na Alemanha Oriental, sendo que cada lado do muro utilizava simbologia distinta.
Após a queda do muro, foi iniciado o processo de transferir todos os semáforos para a figura estilizada empregue na zona ocidental da Alemanha, o que levou a alguns protestos. Estes protestos foram ouvidos o o homenzinho do semáforo foi restabelecido por todo Berlim oriental e ainda por alguns bairros de Berlim ocidental.
(o que acho incrível foi nunca ter reparado em boneco nenhum diferente...ou então não me chamou a atenção. Porque andei tanto por Berlim ex-ocidental como por Berlim ex-oriental...)
O desenho do homenzinho do semáforo foi criado por Karl Peglau, em 1961, um psicólogo especialista em trânsito. A sua teoria acerca deste boneco era de que as pessoas respondem melhor aos semáforos quando apresentados com mensagens amistosas, em vez de sinais coloridos que só possuem significado devido a convenções pré-estabelecidas. No entanto, Peglau temia que a figura por ele criada fosse rejeitada devido ao seu chapéu de “pequeno burguês”. Tal não aconteceu. E a imagem é realmente amistosa!
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