Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Hoje zanguei-me com uma amiga de longa data. Não foi uma zanga feia e sei que não vai durar muito tempo (porque nunca dura e as nossas zangas são sempre à volta do mesmo).
Esta minha amiga é uma mulher lindíssima, simpática...é mesmo daquelas pessoas de quem se gosta à primeira vista. Mas quando está numa relação, torna-se a pessoa mais submissa e apagada que há e só vive para a outra pessoa.
Tínhamos combinado uma saída de meninas e ela não pode porque ele não pode, não quer ou não quer saber. E irrita-me que ela viva em função dele, quando ele nunca o faz, quando ele faz o que quer, independentemente do que ela pense. E isto é algo que me toca pessoalmente, porque também eu vivi muito tempo em função de uma pessoa e quando essa pessoa decidiu sair da minha vida, vi-me completamente sozinha, porque fui cortando os laços, sem querer ou por simplesmente não os ir mantendo, com as outras pessoas da minha vida. E hoje sei como isso foi errado e o quanto custou o recomeçar de laços. E não queria que ela passasse pelo mesmo. Mas por outro lado, não posso viver a vida por ela, nem tomar as suas decisões, nem evitar que cometa erros. Porque, às tantas, o que aconteceu comigo pode não acontecer com ela. E lá porque eu não tive um final feliz, não quer dizer que o mesmo não se passe com eles.
Às vezes, acho que nestes aspectos, sou um bocado egoísta. Porque assumo automaticamente que o pior vai acontecer com as outras pessoas, porque foi o que aconteceu comigo e isso faz com que, pelo menos a determinado nível, a culpa de tudo ter corrido mal não tenha sido minha. E assim posso pôr a culpa na falta de sorte, na porcaria do destino, na p**a de vida, nele, por ser um fraco... enfim. Tudo para evitar responsabilidades.
Mas desde aí, aprendi uma lição, ao menos isso. Tento, ao máximo, não depender de ninguém. Mas é tão difícil, quando se está sozinha... Com quem vou a concertos, com quem vou ao cinema, com quem vou de férias...
E tudo isto para chegar à conclusão de que se calhar me zango com a S porque, na realidade, tenho ciúmes do que ela tem, por mais imperfeito que seja.