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Ontem fui até Cascais, ver o concerto do Tiago Bettencourt. Para além da ventania que se fazia sentir e que lembrava temporal, da chuva miudinha que caía de vez em quando e para além do facto de ter ido com os pés ao léu, o concerto foi incrível. Quando chegámos o concerto ia começar e mesmo assim, conseguimos ficar bem à frente.
Gosto imenso do Tiago Bettencourt, acho-o um músico incrível. As letras das músicas são sentidas e têm sentido, para mim. O som é óptimo e ele um fofo.
Ontem, ainda assim, fiquei surpreendida por ter tocado umas quantas músicas que não tinha ouvido. Acho que nunca me tinha apercebido da lacuna de conhecimento que tinha em relação ao Tiago Bettencourt. Uma delas, foi esta:
se este ferro queres quebrar,
se esta pedra queres sentir,
se este vento queres ter paz,
mas se encontras queres fugir.
se tens vida queres mudar, mas se mudas não te vês.
quem procura encontrar, quem encontra para esquecer.
como a noite amanhece, qualquer santo enlouquece.
quando acordas queres amar, e que o mundo faz-te frio,
como água quer ser mar a chuva quer ser rio.
se és semente queres crescer, mas sem água vais secar,
vais ser tu a ir buscar o que o mundo não te der.
como a noite amanhece, qualquer santo enlouquece.
queres o espaço impossível, queres arder o que apagou,
queres a escolha que passou.
mas tudo é o que tem que ser, tudo flui ou te faz crescer.
levo para o mar,
tudo é o que tem que ser,
tudo é o que tem que ser.
quando dói não vais gostar, mas não sais sem repetir.
quando voltas dói-te mais, mas não sabes resistir.
porque pomba quer ser águia, e a águia um falcão.
como um mar quer tempestade, e a tempestade furacão.
vais prender-te ao precipício, porque o perigo é um vício.
queres o espaço impossível, queres arder o que apagou,
queres a escolha que passou.
mas tudo é o que tem que ser, tudo flui ou te faz crescer.
levo para o mar,
tudo é o que tem que ser,
tudo é o que tem que ser.
tudo tem que ser,
tudo tem que ser.
tudo é o que tem de ser,
tudo é o que tem de ser.
levo para o mar...
Ontem foi, nos jardins da Torre de Belém, o concerto dos the XX.
Conheci esta banda há relativamente pouco tempo, considerando que já tinham lançado dois cd's quando os ouvi pela primeira vez. Mas fiquei imediatamente apaixonada pelo som diferente, pela voz dramática e perfeita dela, pela junção das vozes dos dois, pelas letras apaixonadas e trágicas, ao mesmo tempo.
Quando soube que vinham dar um concerto em Lisboa, de seu nome Night and Day, um concerto diferente na sua concepção, para uma banda também ela diferente. Série de concertos Night and Day, em três destinos privilegiados da Europa, sendo Lisboa o primeiro dos três. Chama-se Night and Day porque começou às 16h com músicos e DJ's convidados pela própria banda que encheram os jardins da Torre de Belém bem cedo de música, nesta tarde maravilhosa de sol de domingo.
Com a merenda atrás e mantinhas para deitar no relvado, ainda apanhámos um solinho óptimo enquanto ouvíamos ao fundo, o som que o DJ passava, que contrastava com a harmonia primaveril daquela tarde.
Entre música ouvida pela primeira vez, conversas com amigas, sessões fotográficas constantes, encontros e desencontros, morangos e uvas e um concerto estonteante dos The XX, tratou-se de um domingo muito bem passado!
Alguém esteve por lá?
(fotografia daqui: https://www.facebook.com/everythingisnew)
PS: e sim, tocaram a minha música preferida "VCR"
Hoje à noite, no concerto solidário no Pavilhão Atlântico, para a Associação Novo Futuro. Só meninas.