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A carta que nunca te escrevi: ao R.

here in littlebubble, em 08.06.13

Conheci-te a medo. A primeira vez, beijei-te a medo. Mas ganhaste um lugar no meu coração tão rapidamente.

Foste a primeira pessoa que realmente gostava de mim. Conheci-te e dei-me a conhecer. Viste-me como mais ninguém. No bom e no mau sentido. No óptimo e no horrível. Conheces-me como ninguém. Ou deveria usar o "conhecias-me"?

Foste único para mim. E vais ter sempre um lugar de destaque nas minhas memórias, na minha vida, nas minhas decisões, na minha história, na minha maneira de ser, no que me tornei, nas minhas passwords, nas minhas fotografias, nas minhas viagens. Foste para mim mais importante do que toda a gente. Sei que o fui também para ti. Defendi-te, lutei por ti. Ultrapassámos de mão dada obstáculos muitos, metas, desafios. Chorámos juntos perdas, problemas, rotinas, parvoíces. Rimos tanto juntos. As nossas maluquices, as dos outros. Foste o meu melhor amigo, foste o meu único amigo. Foste o meu porto de abrigo. O meu diário, o meu confessionário. Pouco depois de te conhecer, contei-te tantos segredos meus, guardados a sete chaves no meu coração e na minha memória, escondidos do mundo e de todos os outros que faziam parte da minha vida, já antes de ti. Foi contigo que os partilhei. Não partilhei tudo, com medo. Mas partilhei-me a mim, à minha vida, à minha família, aos meus amigos. Partilhei sentimentos, partilhei emoções, partilhei a minha cama, a minha alma, o meu coração.

Durante muito tempo, foste para mim tão importante, tão mais importante que eu mesma. Valias mais para mim do que tudo. Fazia tudo por ti. Sempre fiz tudo por ti. Tomei conta de ti, tomei conta de nós. Sofria pelos dois, para tu não sofreres. Muitas vezes, em silêncio, chorei para que não me ouvisses, por tudo o que podias ter tido e tudo o que te foi negado. Tentei fornecer-te de amor, carinho, compreensão, amizade, para te compensar por tudo aquilo que merecias e não conhecias antes de mim.

Virei a minha vida do avesso por ti. Esqueci a minha família, reneguei a companhia dos meus amigos, de novos conhecimentos, de uma vida mais social, para estar ao teu lado.

E sei tudo de ti. Conheço-te (ou conhecia-te) como ninguém. Sabia o que pensavas e o que querias, mesmo antes de tu o saberes, ou quereres. E tantos dissabores isso me trouxe.

Tu, para mim, eras para sempre. The one and only.

E eu, para ti? Sempre me disseste que preferias ter-me conhecido mais para a frente na vida. Percebi desde muito cedo que te ressentias de mim por não conhecermos mais ninguém além de um do outro. Sempre percebi que preferias que eu tivesse sido a tua "última" que a tua "única". Se calhar conhecemo-nos cedo demais. Éramos novos de mais. O que sentíamos um pelo outro era intenso de mais. E eu queria-te a ti e tu querias conhecer mais além de mim.

A nossa vida a dois era sastisfatória, mas nunca completa. Sempre  faltou algo. Criatividade? Experiência? Faltou, sem dúvida, momentos de sinceridade e clareza no que queríamos. Mas sempre senti que te perdia um pouco mais. E isso impedia-me de falar. Tudo começou com medo e com medo continuei sem conseguir dizer-te o que sentia, com medo que visses para além de mim, com medo que afinal não me quisesses mais. Eu também sabia que as coisas não estavam a cem porcento, mas não o referi com medo. Com medo que não estivesses a notar e o começasses a sentir, assim que eu dissesse. E, com medo, calei-me e fingi. Calei-me e fingi porque te amava mais, muito mais do que os problemas todos juntos. Porque eras suficiente para mim. Porque sempre gostei mais de ti do que de mim. Sempre foi assim, para mim. E vejo, agora com um ano de distância, que essa vida a dois, não devia ter sido suficiente, nem para mim nem para nós. Mas principalmente, para mim. Que dava tudo e ia contra tudo e contra todos, por ti, por nós.

E quando tu finalmente tiveste coragem para rasgar o véu, e dizer que não era o que querias mais, que eu não chegava, o meu mundo ruiu. E agora estou aqui, um ano depois, sem ti. E, incrivelmente, sobrevivi. Não choro por ti. Raramente penso em ti. Sonhei contigo ontem, mas não fazes parte da minha vida. Já não. Sinto, sim, que estou zangada contigo. Ainda estou. Porque me fizeste sentir que eu não era o suficiente, para ti, para ser amada por ti, para, também tu, lutares por mim como tantas vezes fiz, para derrubares medos por mim como eu tantas vezes fiz, por decidires que eu era a the one and only, como tu eras para mim.

Decidiste isso sem me consultar, sem falar comigo. Tal como eu não fazia. O nosso problema não foi falta de amor, mas foi medo. Medo de falar e não resolver, medo de dizer e magoar o outro, medo de ser sincero e ver o outro chorar. Mas sinto que sempre fiz mais por ti do que tu por mim. E é por isso que estou zangada. Não só contigo, porque não o fizeste, nem com os meus amigos, que tudo viam, mas nunca foram capazes de me dizer, mas principalmente comigo, porque não me valorizei o suficiente para achar que merecia alguém mais do que tu, alguém que me pusesse à frente de tudo, alguém que achasse que eu merecia ser mais amada do que aquilo que fui.

 

Hoje, não falo contigo. Não me esqueço de ti. Nunca me vou esquecer de ti. Às vezes sinto a tua falta, nas coisas pequenas, nas coisas maiores. Sinto o fantasma da tua presença aqui em casa e na minha vida. Sinto a falta do teu calor, sinto falta do teu sorriso, do teu riso, do teu corpo, do teu conhecimento e da tua opinião. Sinto a tua falta. Mas não falo contigo, porque não posso. Ainda.

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às 16:33

Um desabafo daqueles.

here in littlebubble, em 24.05.13

Estou em loop.

Sei que preciso de sair daqui. Sei que preciso de abrir horizontes. Que não posso ser tão passiva quanto àminha vida, principalmente se não me sinto bem com ela, se não me sinto realizada, o que é o caso.

Mas será que me quero arriscar, sair desta área, deste espaço, deste modo em que me sinto confortável e, de certa forma, segura, para poder ver-me em situações onde posso cair no ridículo, onde posso sofrer, chorar, perder?

Será que quero o suficiente? Será que sou forte o suficiente?

Cada vez mais acho que não. Não tenho forças. Não tenho vontade para sobrepor os medos...

Não tomo iniciativa de mudar. Não o sei fazer. Não gosto sequer.

Mas dantes havia sempre uma razão....havia sempre alguém ...

 

E agora?

Agora também há razão. Que sou eu. Não valerei a pena?

Às vezes penso que não. Porque enquanto vejo outros a lutar, vejo que ninguém o faz por mim, nem eu própria.

E continuo por aqui. Apesar de não querer. Mas também não faço nada por não estar. Eu quero. Só não sei como.

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às 21:37

It's all about the details.

here in littlebubble, em 11.05.13

É aquele sorriso cúmplice que vemos vindo de uma amiga.

É dar o braço enquanto passeamos na rua para que a conversa não se perca no ruído que nos rodeia.

É saberem como adoro livros e, para além de os receber, me darem a conhecer o Ler Devagar, no LxFactory.

É estar com os amigos todos reunidos.

São os brindes demorados que fazemos.

É saberem que pizza vou escolher.

São as prendas que sabem que vou gostar.

São os 3500 emails trocados.

São os conselhos dados e experiências partilhadas a alguém que vai fazer algo de novo.

É um colar bonito em cima de uma simples tshirt branca.

É fazer o almoço e levá-lo a alguém que não se sente bem.

São os abraços dados sob influência do frio que se fazia sentir.

São as boleias pedidas e dadas.

É o reunir das pessoas mais queridas.

É o cantar os parabéns, sem bolo, sem velas, mas com sentimento.

É a necessidade de saber se os outros estão bem.

São os miminhos dados a quem mais precisa.

É conseguir apreciar a beleza alheia.

É receber exactamente aquilo com que se sonhava.

São as bolachinhas feitas a partir do livro oferecido.

É aquela mensagem bonita.

É aquele sorriso com troca de olhares.

É o elogio verdadeiro.

É a companhia, mesmo distante.

São os planos para a semana, para o mês que vem e para daqui a um ano.

São as dedicatórias.

São as músicas com significado para nós.

É a promessa de amizade eterna.

É uma despedida de solteira de hoje a oito.

São dois casamentos no mesmo fim de semana. E ir aos dois.

É o dia de hoje, que sabe a domingo, mas ainda bem que é sábado.

É não ter planos e improvisar.

É um encontro com um amigo de longa data.

É a forma como já não penso nele.

É pensar que um dia vai chegar a minha vez.

É saber que me conhecem, pelas coisas que dizem, fazem ou escrevem.

É não ter máquina fotográfica, mas saber que certos momentos não vão ser esquecidos.

É uma sakerinha de morango.

São planos de negócio.

São planos pessoais.

É o desafio lançado.

É conseguir acalmar o nervosismo.

É decidir meditar.

 

São os pequenos pormenores.

 

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às 19:54

Trauma dos quase 27.

here in littlebubble, em 04.05.13

No outro dia tive uma conversa super sincera com a minha amiga T. Apesar de sermos muito diferentes uma da outra, somos amigas desde que nos conhecemos. Ela é faladora e eu mais calada. Ela é aquela pessoa de quem se gosta imediatamente a partir do momento em que se conhece e eu acho que passo um pouco por introvertida e antipática e torno-me mais "likeable" depois de me conhecerem. Ela fala com a mesma facilidade de problemas pessoais como do tempo que faz lá fora. Eu consigo falar de tudo, menos dos meus problemas. Ela não tem filtro e eu, aparentemente, além do meu filtro devo ter herdado também o dela. Simplesmente não consigo (aliás, tenho que fazer aqui um aparte para me corrigir: cada vez consigo mais, mas ainda assim estou bem longe do nível que pretendia. mas acho que vai melhorando aos poucos) falar dos meus problemas. Tenho sempre uma vontade imensa de chorar e as lágrimas toldam-me os olhos e as palavras morrem na garganta. Acho mesmo que se calhar não me fazia mal umas sessões de psicoterapia para lidar com esta dificuldade de falar, mas às tantas se calhar lá também não iria conseguir falar. Devia conseguir controlar esta insegurança, mas simplesmente não sei como.

 

Voltando ao assunto... falámos e ela, apesar de lhe ser fácil dizer o que pensa, aparentemente tinha muito para me dizer que não conseguiu fazer antes. Disse-me que estou a ficar um pouco obcecada com a ideia de estar sozinha e que o meu objectivo de vida não pode ser arranjar alguém nem me devo validar pela presença ou ausência de alguém na minha vida.

E eu entendo o que ela quer dizer. Aliás, não ando a inscrever-me em sites de encontros amorosos nem ando a oferecer-me por aí, não pensem... Mas simplesmente, estar com alguém, ter alguém na minha vida e ao meu lado foi sempre algo tão natural e tão presente que agora me sinto um pouco perdida sem isso. E apesar de gostar de estar sozinha e de não estar para aqui a morrer pelos cantos nem a chorar como uma doida por estar sozinha, não faz sentido, para mim, ter passado toda a adolescência "presa" a alguém e agora, quase aos 27 anos, estar satisfeita por estar sozinha. Devia ter sido tudo ao contrário. Não é agora que vou ter curtes com este e com aquele. Não é agora que vou fazer maluquices. Sei lá, não me faz sentido. E é isso que sinto. Sinto que agora é que devia ter alguém. Agora é que devia estar a assentar. E sinto que o tempo está a passar e qualquer dia sou "demasiado velha". E considerando que faço 27 para a semana, estes dias estão a ser sentidos de forma diferente. Nem vontade para festejar tenho. Sinto-me velha. E este sentimento só pode mesmo piorar porque a idade só aumenta.

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às 20:40

fase má, enésimo round.

here in littlebubble, em 26.04.13

Já não me sentia assim há muito tempo. Já há muito que a minha mente não estava tão negativa, o meu coração apertado tão desejoso de amor, as minhas lágrimas a correrem tão fluidas e as minhas palavras tão negras.

Estou triste. Imensamente.

E já há muito tempo que não passava por uma fase assim.

Sinto-me sozinha. Sem planos, sem ideias, sem nada nem ninguém.

 

E tal como em qualquer outro momento depressivo da vida de alguém, tudo parece mais negro, mesmo os aspectos da vida que não são. Simplesmente não consigo apreciar nada. Nem as boas notícias, nem os amigos, nem as saídas, nem a música.

 

Estou triste. E sozinha. E depressiva.

Estou farta de estar aqui. Estou farta desta auto-pena, mas não sei como me mover. Não tenho forças para mudar. Não tenho a coragem necessária para fazer algo, para dar o passo necessário para sair  desta posição. Estou desconfortável mas não sei o que devo fazer para sair daqui.

 

A minha amiga T diz-me que devo aproveitar este tempo para me conhecer melhor, para aprender a gostar de mim e não fazer da procura de alguém o ponto central da minha vida, o meu único objectivo, a meta que me vai fazer incrivelmente feliz.

Eu entendo, mas isso é tudo muito fácil de ser dito quando temos o amor da nossa vida ao nosso lado e a nossa vida está feita e certa e é claramente para sempre.

 

Não sei o que despoletou isto hoje, mas simplesmente não consigo parar de chorar.

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às 23:16

ex-namorados: espécie que infelizmente não está em vias de extinção.

here in littlebubble, em 03.04.13

Epa, a sério!

Why?

 

Isto só a mim. É que não consegue afastar-se... "Por favor, eu preciso de espaço! Do meu espaço, que é só meu, já que decidiste ir-te embora! Não fales mais comigo!"

E porque é que não lhe consigo dizer isto a ele? Porque é que não me deixa em paz, de vez? Sinceramente...

Namoramos mil anos, decide que não quer mais, que não gosta mais. Vai-se embora.

Volta. Voltamos.

Namoramos mais mil anos. Vamos morar juntos, iniciar um projecto de vida. Decide que não quer mais, que não gosta mais. Vai-se embora.

Volta. Mas eu já não quero que voltes.

 

Porque será que ainda me preocupo com os sentimentos dele, as necessidades dele e o facto de querer que sejamos amiguinhos? Porque é que não o mando simplesmente ir para a m*rda? Ou para longe, pelo menos?

 

Grrr....

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às 00:28

To better things!

here in littlebubble, em 26.03.13

Ontem contei um segredo bem escondido a uma amiga.

Sou daquelas pessoas que gosta pouco de falar, que prefere claramente escrever. Porque fico menos vulnerável, porque me exponho menos, porque quando falo, choro e não gosto quando isso acontece (e acontece sempre).

Contei-lhe, então este segredo, meses depois de ter acontecido. A minha amiga ficou triste comigo por não lhe ter contado antes, por não ter confiado que ela teria ficado contente ou triste por mim, porque nem sequer lhe dei essa hipótese.

E eu compreendo. Mas os meus sentimentos estão constantemente à flor da pele e não sei lidar com ele. Então escondo-me.

Mas ela disse-me:

 

To better things.

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às 23:11

Querer mudar.

here in littlebubble, em 24.03.13

 

Ainda com o bichinho da mudança. E atenção que eu sou daquelas pessoas que odeia mudanças. Odeio adaptar-me a algo novo. Aliás, ter que me adaptar quando já estava habituada e à vontade numa outra realidade.

Assusta-me o não ser capaz, o não me distinguir, o não saber o que dizer, o que fazer, o não gostarem de mim.

Mas ultimamente e por ver que não estou bem assim, aqui, apetecia-me mudar.

Ainda não o disse a ninguém, mas queria mudar de casa, de trabalho, de cidade. Queria algo diferente, novas oportunidades, novas pessoas, coisas novas.

Queria dançar, queria fazer teatro. Mas não o queria fazer aqui, onde conheço toda a gente.

 

Mas entre o querer e o fazer, vai um esticão. E, na vida real, as coisas não são assim tão lineares. Há muito em que pensar, muitos contras. Tenho casa aqui. Ia mudar? Ir para um sítio que não é meu, pagar uma renda enorme, sozinha?

Tenho emprego aqui. Como posso mudar? Nunca iria conseguir um que pagasse tão bem, não agora, que o mercado está terrível e a tendência é tudo piorar...

E depois há ainda o contra de ser uma comodista e de não conseguir dar este tipo de leap of faith sozinha.

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às 19:17

O tempo fazia-me falta.

here in littlebubble, em 23.03.13

Ontem, em conversa com umas amigas, em plena super saída só para meninas, houve um momento em que o divertimento que estava a sentir foi interrompido momentaneamente. Estávamos a falar de projectos de vida, impossibilidade de sentimentos plenos de independência, vidas, vivências e idade. E esta conversa foi apenas mais um peso a puxar para baixo a depressão que sinto face à temática idade vs vida.

Até há muito pouco tempo, a minha vida estava decidida. Não era perfeita, mas eu trabalhava nesse sentido. Tinha uma vida planeada a dois, uma casa, um projecto de vida. E, de um momento para o outro, o pano caiu e afinal a minha vida decidida e estável viu-se varrida por um vendaval enorme que deixou tudo de pantanas. E, também de um momento para o outro, vi-me sozinha a limpar a confusão deixada.

E se sempre assumi que era madura para a minha idade (a nível de escolhas, de decisões, de um projecto alcançado cedo na vida) e achava isso uma coisa boa, de um momento para o outro, a idade pesa-me, afunda-me, puxa-me para baixo. Nunca antes senti o peso da idade como agora. Porque se antes achava que iniciar uma vida a dois aos 24 anos era o momento certo, ter que começar tudo de novo aos 26 é uma facada maior do que consigo suportar.

Sinto-me desamparada, sinto-me acimentada a este chão, não sei como sair daqui, não sei como me mexer. Perdi tanto tempo, tantos anos com alguém, a trabalhar numa relação que acreditava que era para sempre. E na altura, por mais difícil que fosse por vezes, nunca achei que perda de tempo se tratasse. Mas agora cada vez mais dou por mim a pensar que perdi tempo demais e que agora já vou tarde.

Cada vez tenho menos oportunidades de conhecer alguém. Passar pelas fases de um relacionamento. Decidir se é ou não a pessoa certa para mim. Se não for, voltar à estaca zero. Que idade terei então? Estou com medo, estou assustada de ficar aqui para sempre neste silêncio. Perdi tanto tempo...e esse tempo agora fazia-me falta.

 

[post dark e down outra vez. mas hoje tenho desculpa. dormi 3h e fui trabalhar]

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às 14:44

Estou a escrever para afastar a vontade de escrever.

here in littlebubble, em 21.03.13

Eu sou aquele tipo de pessoa que é de ideias fixas.

E com isto quero dizer que quando uma ideia me passa pela cabeça, é como se lá se fixasse. Muitas vezes sei que não são boas ideias (sim, eu consigo ter essa percepção) mas isso muitas vezes não me impede de levar essas ideias a termo. Se a bom termo, se a mau, muitas vezes só quando concretizada a ideia e quando já não há volta a dar é que percebo.

Neste preciso momento, estou com uma ideia fixada na cabeça. Surgiu-me por nenhuma razão em particular e começou a desenvolver-se, a alimentar-se de esperança, de solidão, de dor e está a crescer de forma assustadora na minha mente. Esta ideia sei que é uma MÁ ideia, sei mesmo e estou a tentar ao máximo afastar-me dela. Mas mesmo agora, ao escrever este post, com o objectivo de despejar aqui a frustração e a vontade que sinto em escrever, mesmo assim dou por mim a parar de escrever e a pensar o que vou escrever à pessoa com quem me apetece falar. Mas porque é que esta ideia não me abandona? Porque é que não a consigo afastar? Que raiva...estou a lutar contra ela. Mas está dentro de mim, faz parte de mim, já criou raízes e não se irá embora tão cedo...

 

Resumindo, apetece-me falar com uma pessoa do passado. Mas sei que não devia. Porque, para começar, sei que essa pessoa não me vai responder ou, pelo menos, não me vai responder da forma que eu gostava. E depois, se não responder, vou-me sentir estúpida por voltar a tentar, por voltar a falar com ele. Quando ele nunca fala comigo, sem ser a responder. (sinto a ideia a abandonar-me, isto está a resultar!) Depois, o que me interessa andar para trás? Aconteceu, aconteceu, parou de acontecer, correu mal. E independentemente da culpa ser minha ou dele, sinto que sempre tentei mais. E não devia ser assim. Sinto-me fraca. Sinto-me desprovida de força, de vida. E não é por o querer de novo na minha vida. É porque era mais fácil voltar a ter alguém conhecido do que ter que conhecer alguém novo. Quão ridículo é isto? Gostava de ser mais forte. Mais decidida. Mas sinto-me sozinha. E a solidão aumenta as sombras e o medo escondido nas mesmas. Tenho medo do ridículo de tentar mas ainda mais do frio que a solidão me traz.

 

Já decidi. Não vou dizer nada. Não quero quem não me quer a mim.

 

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às 23:06


...retalhos de pensamentos, post its de emoções, pedaços de músicas, imagens que falam comigo e tudo mais aquilo que fizer a minha mente fervilhar...

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