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Trauma dos quase 27.

here in littlebubble, em 04.05.13

No outro dia tive uma conversa super sincera com a minha amiga T. Apesar de sermos muito diferentes uma da outra, somos amigas desde que nos conhecemos. Ela é faladora e eu mais calada. Ela é aquela pessoa de quem se gosta imediatamente a partir do momento em que se conhece e eu acho que passo um pouco por introvertida e antipática e torno-me mais "likeable" depois de me conhecerem. Ela fala com a mesma facilidade de problemas pessoais como do tempo que faz lá fora. Eu consigo falar de tudo, menos dos meus problemas. Ela não tem filtro e eu, aparentemente, além do meu filtro devo ter herdado também o dela. Simplesmente não consigo (aliás, tenho que fazer aqui um aparte para me corrigir: cada vez consigo mais, mas ainda assim estou bem longe do nível que pretendia. mas acho que vai melhorando aos poucos) falar dos meus problemas. Tenho sempre uma vontade imensa de chorar e as lágrimas toldam-me os olhos e as palavras morrem na garganta. Acho mesmo que se calhar não me fazia mal umas sessões de psicoterapia para lidar com esta dificuldade de falar, mas às tantas se calhar lá também não iria conseguir falar. Devia conseguir controlar esta insegurança, mas simplesmente não sei como.

 

Voltando ao assunto... falámos e ela, apesar de lhe ser fácil dizer o que pensa, aparentemente tinha muito para me dizer que não conseguiu fazer antes. Disse-me que estou a ficar um pouco obcecada com a ideia de estar sozinha e que o meu objectivo de vida não pode ser arranjar alguém nem me devo validar pela presença ou ausência de alguém na minha vida.

E eu entendo o que ela quer dizer. Aliás, não ando a inscrever-me em sites de encontros amorosos nem ando a oferecer-me por aí, não pensem... Mas simplesmente, estar com alguém, ter alguém na minha vida e ao meu lado foi sempre algo tão natural e tão presente que agora me sinto um pouco perdida sem isso. E apesar de gostar de estar sozinha e de não estar para aqui a morrer pelos cantos nem a chorar como uma doida por estar sozinha, não faz sentido, para mim, ter passado toda a adolescência "presa" a alguém e agora, quase aos 27 anos, estar satisfeita por estar sozinha. Devia ter sido tudo ao contrário. Não é agora que vou ter curtes com este e com aquele. Não é agora que vou fazer maluquices. Sei lá, não me faz sentido. E é isso que sinto. Sinto que agora é que devia ter alguém. Agora é que devia estar a assentar. E sinto que o tempo está a passar e qualquer dia sou "demasiado velha". E considerando que faço 27 para a semana, estes dias estão a ser sentidos de forma diferente. Nem vontade para festejar tenho. Sinto-me velha. E este sentimento só pode mesmo piorar porque a idade só aumenta.

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às 20:40


1 comentário

De Brυna a 05.05.2013 às 23:29

Acho que ela tem razão. Andas a pensar demasiado nisso e deves tentar ter um objetivo de vida diferente. Diverte-te. A minha avó, com 62 anos andava pelas discotecas a divertir-se com as amigas e era viúva. Namoriscava e sempre gostou de estar por ela mesma. Não estou a dizer que vais ficar até essa idade sozinha, mas a mostrar-te que a idade é isso mesmo. Um número. A tua vida não acabou. É fácil falar, já te ouço a dizer... Mas tens que pensar em ter algo teu. Acho que passa por aí. Começar por amar-te. Por fazer algo por ti. Conhecer o mundo, pessoas... Começa por aí. O resto é secundário. Quem disse que para ser feliz é preciso ter um monte de banha de 80 kg atrás? ;)

Beijinhos*

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