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Cada vez mais me convenço que aponto sempre para situações impossíveis. E com isto não quer dizer que me esforce para atingir o inalcançável....infelizmente! Quero mesmo dizer que aposto em situações impossíveis que não vão, de todo, chegar a bom porto.
Os currículos que envio são para sítios onde à partida não irei ficar porque não tenho experiência.(porque o faço? medo da mudança? medo de efectivamente conseguir trocar de emprego e falhar?)
A última paixão que tive foi por uma pessoa que mora a 300km de mim. (apesar de saber que nunca iria funcionar, embrenhei-me nesta situação, dei de mim, investi emocionalmente numa relação que não ia passar de uma intenção)
Quero mudar de vida. De emprego, de casa, de cidade. Resumindo, de vida. (e não invisto em cada um individualmente. simplesmente fico amarga por nada acontecer.)
Sim, sou sonhadora. Mas não sonho o suficiente. Não sonho sonhos grandes para mim, para o meu futuro. Sonho irrealidades.
Querer e não conseguir. Por falta de destreza, por falta de capacidade, por factores que nos são alheios, por medo de falhar, por medo de não conseguir, por falhanços passados e receio de os repetir no futuro. Porque ninguém acredita em nós (nem nós próprios). Independentemente da razão, é uma frustração indescritível, um sentimento de desespero que se traduz em diminuição da auto-estima e credibilidade própria. É achar que depois tudo se extrapola daí e que, realmente e para todos os efeitos, falhámos. Falhamos. Continuamente, continuadamente, sempre e para sempre.
Quero afastar a mente deste pensamento. O facto de não conseguir agora não é, de todo, garantia que falharei para sempre. Aliás, não vai ser, porque o quero com todas as forças, porque o desejo mais que tudo no mundo. Um triunfo. Aliás, este triunfo. Vou conseguir. A jornada começa aqui.