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Há dias em que me sinto tão estúpida. Ou melhor, momentos. Momentos em que me sinto estúpida. Por acreditar, por esperar, por achar que, assim do nada, as coisas vão acontecer, vão acontecer para mim e por mim.
Entrou...ou melhor "entrou" (porque na realidade não entrou, apenas surgiu) uma pessoa na minha vida e, incrivelmente, eu, que já devia estar de pé atrás porque nada deste género me acontece a mim, comecei a imaginar, a usar a minha imaginação-que-é-tão-fértil- que-quase-rasa-o-mentalmente-aceitável e a magicar histórias e futuros alternativos, que é o que faço em relação a tudo. Imagino cenários, imagino etapas, imagino o ultrapassar uma barreira e outra e outra e atingir algo. E claro, foi o que fiz. É o que tenho andado a fazer. A imaginar coisas e cenários e possibilidades que nunca sequer se puseram, porque, sinceramente, esta pessoa nem sequer entrou na minha vida. Eu é que se calhar já devia pensar em voluntariar-me para estudos...
E depois, como precisamente neste momento, tenho rasgos de lucidez que me fazem ver como toda a situação é ridícula e como eu sou parva por sequer pensar nela...
Porque se uma pessoa que está comigo quase uma década desiste de mim, acha que não valho a pena o esforço, porque razão um estranho, que não me conhece de lado nenhum, irá achar que vale a pena o esforço ou sequer o interesse.
E assim, do nada, passo de momentos de calor interno com a satisfação de futuros inventados por mim, para a triste realidade.
Ai eu, acho que não tenho remédio.