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Porque é que temos medo do amor?
Porque é que não nos damos a 100%?
Porque é que não amamos sempre como se fosse o último dia?
Porque é que não falamos nos problemas e os deixamos passar e agravar?
Porque é que nos calamos, por medo de desagradar ao outro?
Porque é que tentamos mascarar aquilo que somos, por medo de que os outros não nos apreciem?
Porque é que para algumas pessoas amar é tão fácil e, para outras, tudo são obstáculos no caminho?
Porque é que estamos sempre a medo?
Porque e que não nos entregamos de coração e braços abertos?
Ontem, numa festa, encontrei-o. O meu ex-namorado. Aquele com quem era para sempre, até que não foi.
Está diferente. Pareceu-me mais bonito. Pareceu-me mudado.
Falámos um bocado, sobre viagens, sobre amigos comuns, sobre pormenores da vida.
E pareceu-me mudado. Pareceu-me melhor.
Disse-me que eu tinha razão sobre alguns aspectos dele e que agora, que finalmente os mudou, tal como eu lhe dizia que devia mudar, que se sentia melhor.
Mais tarde, no regresso a casa, pus-me a pensar.
Porque será que as pessoas só mudam para melhor quando se afastam de nós?
Porque é que não seguiu o que lhe disse na altura devida e mudava, enquanto estava comigo?
Porque é que não mudámos os dois ou apenas um de nós, para melhor?
Porque é que só damos o máximo de nós no início de uma relação e depois desleixamo-nos e deixamo-nos levar pela rotina e tomamos o outro por garantido?
Porque é que deixamos uma relação morrer?
Porque é que não fazemos mais pelo outro, por nós? Porque é que não damos sempre 100% de nós?
E fiquei triste. E chorei.
E depois adormeci. Hoje, a melancolia é a minha companhia.