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Cada vez mais acho que me foco no que não interessa. Tenho tanta necessidade que as pessoas gostem de mim, que às vezes me esqueço de mim. Preciso de saber que precisam de mim, que gostam de mim, que apreciam a minha companhia, que se lembram de mim, que pensam em mim com carinho e saudade.
E isto a propósito de quê?
Hoje vi o L. E foi como se nada fosse. Foi como se o que tivemos não tivesse acontecido. Falou para mim (o pouco que falou), como para qualquer outra pessoa. Foi-se embora sem esperar para se despedir de mim. Nem uma palavra em como ia aparecer antes. Nem uma palavra depois de se ir embora. E eu começo a pensar que se calhar foi tudo na minha cabeça. Mas não foi. Eu não me podia enganar tanto... As coisas aconteceram. Havia interesse mútuo. E eu não pedia um anel no dedo, um compromisso, mas pedia respeito. E fico furiosa com isto. Porque nunca me salvaguardei a mim e aos meus sentimentos, à minha vida, em detrimento de um sentimento passageiro, uma "cena" que nem chega a ter definição de género nenhum por uma pessoa que, aparentemente, não merecia nenhum tipo de consideração da minha parte, porque ao contrário, também não a houve. Uma pessoa que para mim significava qualquer coisa, só o poderia significar, visto que o deixei entrar na minha vida, mas que, ao contrário, eu, para ele, fui completamente indiferente. E isto dói. E dói porque custa passar pela vida de alguém e não deixar marca de género nenhum. E irrita-me. Irrita-me ter passado tanto tempo a pensar nele, quando ele não merecia nem metade.
E chateia-me, ainda mais, o facto de estar para aqui irritada e nervosa, só de pensar nisto. Quando sei que não existe nele nem sequer a réstia de pensamento nenhum sobre mim.
E depois o que me custa ainda mais é eu ficar com dúvidas sobre mim. Sobre se a culpa é minha, de alguma forma. Se foi alguma coisa que fiz, se foi a minha maneira de ser que não cativa ninguém. Que não mantém ninguém por perto durante muito tempo. Irrita-me ele ter este tipo de poder sobre mim, e eu ter deixado.
Porque não sei com que género de pessoas ele se dá, mas eu não deixo qualquer pessoa entrar na minha vida, entrar na minha casa... Ele, para mim, não foi um qualquer e, como consequência, esperava não ser também uma qualquer para ele. Mas não. E já chega.