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Sinto que os meus posts são continuadamente mais-pró-down... mas afinal, foi para desabafar dos problemas da minha vida que comecei o blog. Porque as alegrias, para mim, são muito mais facilmente partilhadas do que os problemas, as dores, as tristezas. E para não voltar a estar na posição em que guardo, guardo, guardo até que estou prestes a rebentar, preciso de escrever como forma de me libertar de todos os demónios.
Hoje ele voltou a falar comigo. Diz que tem necessidade de me contar coisas da vida, de falar disto ou daquilo, de entrar em contacto comigo. Não sei muito bem o que pensar disto. Aliás, sei. Ele quer-me como amiga, quer contar comigo como sempre pôde. E eu, apesar de saber que, da parte dele, não há amor, apenas amizade e carinho e achar que, da minha parte, o amor já não está cá, já se esfriou, já acabou também, não sei se quero ser amiga dele. E se calhar não quero falar com ele como se nada fosse, como se não tivessem ido dez anos de vida em conjunto, de crescimento mútuo para o lixo.
Mas se, por um lado, é isto que penso, é algo que directamente nunca vou ser capaz de lhe dizer. Nunca vou ser capaz de me libertar completamente deste sentimento de lhe dever isso. De não o querer magoar, de lhe dizer que não quero falar mais, de não o deixar entrar na minha vida. Simplesmente, não sou capaz de lhe fechar a porta.
Mas com isso magoo-me a mim. Porque fico nervosa, ansiosa, fico a pensar nele o resto do dia. Volto a passar pelo sentimento de perda, de casa vazia, de silêncio.
Gostava de ser mais determinada, mais assertiva. Não é não. E um não é para tudo.