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Amanhã começa um novo estagiário na farmácia.
E é um rapaz.
Como somos só mulheres, há alguma expectativa... de alguma alegria para o dia a dia.
Mais novidades amanhã.
Ontem tive um melt down. Estou naquela altura do mês e, como tal, estou sujeita a estados emocionais alternativos por falta das minhas hormonas do costume. E então, depois de um fim de semana na terra da minha avó, em que fui até às festas do Crato ver o Pedro Abrunhosa, cheguei a casa e chorei.
A culpa também é do Pedro Abrunhosa e do seu "Não Desistas de Mim" e de ele fazer os seus discursos no interlúdio das músicas em que referiu que nunca devemos deixar para depois o dizer aos outros o quanto os amamos. Porque o depois ou o amanhã pode não chegar e os sentimentos não podem ficar sem serem ditos.
Acho que nunca o fiz. Nunca deixei um carinho por dizer. Às vezes até me irritava a mim própria estar constantemente a declarar o meu amor por ele, quando muitas das vezes a única coisa que ouvia era um "eu também". E até tentava evitar a dizer, a ver se alguma das vezes era eu a dizer o "também". Mas era raro. Mas custa. Porque parecia que era eu a dizer o "não desistas de mim" mas a falar para o vazio porque ele já se tinha ido embora, já tinha desistido e tudo o que eu fazia era cantar para o eco da casa vazia.
Então ontem chorei.
Hoje, segunda.feira, início de mês, a primeira coisa que disse quando acordei não foi o típico "que dia é hoje?" nem o desesperado "já??" mas sim "hoje é o início de uma nova era".
E vou tentar. E vou lutar. E vou conseguir. Vou superar e deixar-me de mariquices.
Ele saiu, desistiu de mim mas eu não posso fazer o mesmo.
Não posso desistir de mim.