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Cheguei agora mesmo do aeroporto e deparei-me com uma situação que já tenho vivenciado de vez em quando, se bem que mais frequentemente nos últimos tempos. Começo a pensar em déjà vu e em realidades alternativas. No tapete de recolha de bagagem ao lado do meu, estavam a receber as bagagens os passageiros provenientes da Madeira, local onde teria ido passar férias este ano caso a minha vida não tivesse dado uma tremenda cambalhota. Assim, olhei para aquelas pessoas que esperavam as suas malas e imaginei-as no avião, ao nosso lado. O "boa noite" dito por cortesia, o "com licença" e o "se faz favor" nos corredores do avião.
Imaginei que ele tinha lutado por esta relação, que ao fim de tanto tempo juntos, ainda valia a pena lutar. Imaginei que ele pudesse ter tido dúvidas (sim, quem não as tens?) mas que tivesse pensado que se durou tanto e havia tanto amor e carinho e respeito mútuo, é porque valia a pena e era uma coisa boa e a manter. Imaginei que ele sentisse por mim o tipo de amor que mais quero, um amor do género Maria e Manolo, daqueles pelos quais se luta, sem os quais não se consegue viver, pelos quais se corre, se luta, se esforça.
Imaginei-nos na Madeira. Imaginei os beijos, os abraços, o amor do qual não se pode falar aqui, os passeios de mão dada, o descobrir toda a ilha só os dois, as paisagens com que nos maravilhávamos juntos, a descoberta da ilha e a redescoberta do nosso amor.
Tudo isto em 2 segundos. E o que fica é só um nó na garganta.